A sua febre de malta me faz marejar, Mas... Jorge Mello

A sua febre de malta me faz marejar,
Mas a minha alegria está nos seus olhos felizes,
A minha donzela e o meu pensamento está nela,
Me alegro no distinto espelho da capela.
O que devo considerar tempo,
Apreciar, cismar, cogitar, cuidar, apenas observar,
Mas vou atracar como barco no coração e desejar,
Sempre haverá uma forma de amar,
Pois disso não me envergonho,
Gosto de procurar a quem amar,
Apenas gosto de amar,
Também deve-se amadurecer com os amores,
E as suas desilusões crêem que tudo é assim,
A vida é assim,
Creia que amor vence barreiras e não endureça o coração,
Ofereça como dote suave a vitória de tentar,
Mesmo que a vida seja breve,
Breve momento espelho do sofrimento não deixe de acreditar,
Tudo é amor quando a dor vence o rancor,
Com jeito e pretextos venças sem disfarçar,
Todo tempo existe um sofrimento,
Considere que a vida é texto que um dia vai terminar,
Existe um momento que amor vence o vencedor,
No paraíso que não encontramos e nos pequenos ramos da existência de viver procurando.

Na verdade não existe perfeição,
Mas cada dia tem o seu minuto perfeito.