A verdade é que passamos a vida inteira... Dandara Brito Figueredo

A verdade é que passamos a vida inteira tentando mudar pessoas. Pais tentam formar filhos, filhos tentam “abrir a cabeça” dos pais. Amigos e namorados então… São Ideias que conflitam, atitudes que irritam. Defeitos… humanos e seus infindáveis defeitos.

Todos sabem que para que um relacionamento, amoroso ou não, dê certo, muito precisa ser mudado. Muitos defeitos devem ser sanados… Mas sempre existe um porém.

Seria lindo e maravilhoso se pudéssemos, realmente, moldar pessoas ao nosso bel prazer. O problema é que nem todos os defeitos são, de fato, sanáveis.

Todos temos aquele defeito que é o centro de tudo. Que nos sustenta, faz parte de quem somos. Que é, além do nosso pior defeito, nossa maior qualidade.

Exemplificando, ponho-me no fogo ao dizer que sempre tive uma sede imensa por liberdade, e que nunca consegui abrir mão disso por ninguém. Não por falta de amor, e sim por falta de domínio. E, provavelmente, esse é o pior e o melhor em mim.

Defeitos insanáveis… Você com certeza já se deparou com algum deles. É aquilo que te faz querer arrancar os cabelos. É aquela tecla, já sem cor, de tão batida. Motivo de brigas, términos e cabelos brancos.

O que te disseram é que pessoas devem mudar. O que esqueceram de te dizer é que existem coisas no outro que precisam ser entendidas, aceitas ou, no mínimo, suportadas. Afinal, não existe nada mais complicado do que se relacionar com outro alguém que possui alma, visão e necessidades totalmente alheias as nossas próprias. E que são, necessariamente, a ele vitais.

O que? Você pensou que seria assim, tão fácil? Não. Não é. E, se serve de consolo, lembre-se que existem aqueles que um dia aceitaram ou aceitarão (Deus queira!) o desafio de suportar os seus defeitos insanáveis também. Aceite. Decisão. Isso é amar, isso é amor.