Era eu que sempre cedia era eu que... Thais Benvenuti de Moraes
Era eu que sempre cedia
era eu que sempre compreendia
era eu que calava quando precisava ficar a sós
era somente eu, não existia nós
Segurei com forças inimagináveis
fiz coisas por ti, inacreditáveis
mas não adiantou ter feito isso, ter tentado
porque você ainda quer pertencer ao passado
Estive do seu lado nos bons e maus momentos
se esquecer, eu te lembro
quis ser seu tudo
a melhor amiga, seu porto seguro
Dizia o que queria dizer, e sumia
desejava demasiadamente saber o porque, mas não sabia
e então voltava do seu silencioso lugar
sorrindo, sem ao menos falar
Me encantava com a docilidade
Me assustava tamanha frivolidade
Tive medo da sua forma maquiável
mas precisava domar seu jeito indomável
Conhecia qualquer assunto
sobre ciências, religião, filosofia, sobre o mundo
mas ainda é leigo na arte de demonstrar
e disse a ele pra fazer as lições do capítulo AMAR
Escutou e fez o que eu pedi
dai então vi aos poucos, ele partir de mim
me perguntei se havia feito errado
mas notei que você agiu como um ingrato
Foi para um lado
e prossegui no outro
senti uma vontade absurda de não te largar
mas tive que ser decisiva, e decidi não voltar
O tempo passou lentamente
e nos encontramos novamente
será que vai dar certo? o que vai acontecer?
não faço ideia, mas vou deixar me surpreender