Lembranças de Uma Vida Passada Um... Nagila Feitosa
Lembranças de Uma Vida Passada
Um castelo, cinza, meio velho, com torres altas, em sua frente um portão alto e forte, logo ao lado da praça vazia repleta de folhas secas no chão, vê-se de longe as altas montanhas, linda paisagem, lugar onde fica meu esconderijo secreto o qual só eu sei e mais ninguém. Sento-me em uma pedra, a mais alta da montanha e vê-se apenas a natureza ao meu redor, bichos, plantas e nada mais. Sozinha, apenas com meus pensamentos que se encontram longe, bem longe, mais precisamente ao lado da igreja onde ouço tocar o sino, e o relógio marcando 5:40 da tarde, e é la onde ele se encontra, aquele garoto magro, de cabelos pretos, olhos brilhantes especialmente quando vem ao encontro dos meus, sorriso radiante, que contamina ao demais, ate ao mais raivosos. Aquele que meu coração a ele pertence,aquele que fora o meu grande amor. Aquele amor proibido, em que nada dava certo, mas o mesmo, era daqueles que nem o tempo apagava. As lembranças ficaram para sempre, as marcas deixadas escorrem em meu rosto como lagrimas, feridas deixadas pelo meu grande amor. E sempre que torno a passar por aquele castelo branco, sento no banco daquela praça e vejo de longe aquelas criancinhas brincando no parque, aquelas familias felizes, casais apaixonados,imaginando que poderia estar vivendo aquela cena, entao volto aquela montanha de onde nunca deveria ter saido, aonde meus pensamentos me a outro tempo, o tempo em que eu deveria ter feito algo, o tempo em que eu poderia escolher, e logo vejo aquele garoto, dono dos meus sonhos, dono do meu amor chamando uma das criancinhas do parque, aquele era seu filho e moravam no castelo, pois havia se casado com a filha do rei, e eu, de longe, aqui nesse casarão branco de frente ao jardim em minha cadeira de rodas com a cabeça nas nuvens, contando para o vento a historia de minha vida, antes com um final incerto, agora contada como uma triste historia, daquela garota, com a cabeça nas nuvens que viu sua felicidade passar e deixou-a escapar, e agora não sabe ao certo como será o seu fim.