Dois pesos e duas medidas. Às vezes me... Marinho Guzman
Dois pesos e duas medidas.
Às vezes me pego pensando, escrevendo e criticando as falhas morais das pessoas como se eu não tivesse nenhuma.
Certamente não é isso. Devo ter meus pecadilhos, dos quais não preciso falar, os outros que se encarreguem se tiverem coragem e competência.
Por enquanto vou dedilhando e criticando a falsidade, pecado que não tenho e nunca tive o privilégio. Digo privilégio porque quem é falso consegue esconder todos os outros defeitos sob uma aparente manta da santidade.
É falso que tem duas caras, que julga os outros e comete o mesmo pecado, quem usa dois pesos e duas medidas para avaliar a conduta dos demais.
É notório que amor com amor se paga, ladrão que rouba ladrão não deve ter cem anos de perdão e que quem parte, reparte e fica com a melhor parte quase sempre está metendo a mão onde não deve.
A balança da justiça amparada por uma mulher cega quer dizer que todo mundo deve ser julgado pelos mesmos parâmetros.