Evoluíram-se as máquinas, os carros, e... Danilo Martins

Evoluíram-se as máquinas, os carros,
e o amor ainda continua com o mesmo charme e com os mesmos contos dramáticos,
ele era livre para amar,
ela era presa, ela não podia sequer respirar seu nome perto de seus pais,
mas seus corações batiam fortes mesmo assim, independente de quem estava por perto.

Tinham que encarar a situação, lutar por uma ideologia,
algo que os dessem tranquilidade para viverem como duas crianças apaixonadas,
e nada mais!
Será que não podiam ter o direito de se amar?

Ele despertou no meio da noite, suando frio, com medo de perdê-la,
ela não conseguia adormecer, sob o efeito do amor impossível,
ele corre com toda força sobre todo o asfalto da cidade, gritando o nome da sua amada,
e o ouvido dela, aguçado pelo som do amor, escuta-o de longe,
''ELE ESTÁ VINDO, ELE ESTÁ VINDO''

Ofegante, ela deixa uma bilhete pequeno para seus pais que a aprisionavam,
olha para seus irmãozinhos dormindo, bate a porta lentamente, e olha para os olhos do homem que sempre amou,
dá a mão para ele, e corre para o infinito, vira lenda, vira Julieta, foi ser feliz.

Naquela manhã, seu pai quando abre a porta, avista o bilhete escrito:
''Nunca queira ter uma pessoa inteira para você, pois hoje poderia ter metade, mas agora não tem mais NADA!''