BORBOLETA Nasci num casulo Como a... Wall de Souza
BORBOLETA
Nasci num casulo
Como a borboleta...
Num corpo limitado
Presa por um cordão
Sem saber bem a razão
Não lembrava do passado
Até que um dia...
No tempo certo me libertei
Através da minha essência
Do colorido da minha alma
Livre, leve e solta
Abri as asas e voei
Foi o êxtase da vida
A libertação do pecado
A transformação do encarnado
Voei, voei e voei...
Conheci o verde das matas
Pousei nos lírios dos campos
Nas rosas do jardim
Onde as cores
E o perfume das flores
Se misturavam em mim
Sentia a carícia do vento
Que no compasso das minhas asas
Meu vôo harmonizava
No pouso, bebendo o pólen das flores
Outras flores semeava
A borboleta tão frágil...
Tão leve e pequena
Nessa simples passagem
Encontra a felicidade
E assim...
Como tantas outras borboletas
Pousava...
Para seguir nova viagem