Apenas outras ideias A verdadeira moeda... Vítor Hugo S. Costa
Apenas outras ideias
A verdadeira moeda de troca não tem peso, não tem valor para quem não sabe usar e é adquirida ao longo da vida, apesar de alguns já nascerem com certa facilidade em enriquecer.
Para os que ainda não perceberam que estou falando do conhecimento, e para os que agora levantaram suas ideias céticas sobre o assunto, peço que acordem só um instante e depois voltem para esse grande
teatro que é a sociedade.
O ensino é elitista (Por favor, não venham com argumentos baratos, uma pessoa que passa em 8 vestibulares em diferentes partes do país sem usar o ENEM, por exemplo, não tem como ser pobre!), e acredito que não seja só no Brasil. Usei esse argumento apenas para falar do Capitalismo. Perceba a relação.
Pense na vida como um tabuleiro de Banco Imobiliário, eu acho que jogar dados, comprar ruas e apartamentos, enriquecer ao empobrecer o oponente parece ser fácil. Porém quando o oponente aprende realmente como jogar, as coisas ficam mais complicadas... Você pensa que o grande jogo que é o mercado aceita qualquer jogador? Não, e é aqui que se encontra o capitalismo, a primeira barreira “natural” que permite que só os grandes joguem. Isso implica em dizer que é necessário que a massa não tenha conhecimento, que haja novela das nove, que o estado se ausente da economia. Meu caro Addam Smith, alguns soros nunca foram tão tóxicos!
Nossa! Parecem que brasileiros estão ganhando Olimpíadas cientificas fora do Brasil. Que orgulho! E quando um ribeirinho, ou até mesmo um menino que pede dinheiro quando o semáforo fecha terão essa oportunidade? Não, o capitalismo não é cruel, a ignorância é.
O que eu estou pedindo é que entendam que o jogo do mercado não tem espaço suficiente para todos, e os que já estão jogando evitam que apareçam exímios jogadores. Como pessoas não duram para sempre, os que já estão tomando conta do tabuleiro preparam seus filhos para que assumam a “empresa da família”.
Eu poderia muito bem queimar todas as notas das diferentes moedas nacionais que o mundo não acabaria, mas agora dê conhecimento a uma pessoa para ver se ela não o destrói claro com o devido incentivo. O ser humano desvalorizou tanto sua capacidade que acaba se prostituindo por um pedaço de papel (o mais absurdo é que isso é sinônimo de riqueza).
Estamos alienados de tal forma que por algum motivo tudo isso que citei acima parece ser normal. Quando digo alienado, não me refiro apenas àqueles que são ignorantes por falta de oportunidade, incluo nesse pacote grandes mentes que embora brilhantes não percebam, ou simplesmente ignoram o que acontece.
E para terminar essa pequena ideia, modifico um dito popular para que se torne menos metafórico e mais verossímil: na nossa realidade quem percebe o que está acontecendo não é rei, mas tem a oportunidade de ser um belo jogador.