E agora? Os dias se tornam mais... Mayara Chaves
E agora?
Os dias se tornam mais coloridos a cada sorriso dele, e depois de tanto tempo eu posso dizer que estou feliz, mas com medo. Eu sei, eu implorava por isso todas as noites, quando nem a cama vazia nem a noite fria conseguiam ser mais vazias e frias do que eu. Eu pedi por isso, por ele, não ele, por outro alguém, que me devolvesse o sorriso sincero, que me fizesse bem. E então ele veio, ou melhor, caiu o véu que me impedia de ver, e ele estava ali, sempre esteve. E agora eu estou com medo, medo de te perder, e isso dói. Os dias estão cada vez mais claros, e ele vem, e sua luz ofusca o brilho do sol, e essa luz forte me cega. E não, ele não se compara a você, ninguém nunca será você, mas ele me faz bem, sem ser você, e isso dói. E eu continuo com medo, medo de acordar um dia e ver que não me falta mais nada, vai ser bom me sentir completa, mas não vai ser você, nunca mais, e isso dói. De certa forma eu estou feliz, pois consigo sorrir quando estou com ele, ou penso nele, até quando ouço o nome dele, e a dor me abandona por um instante, mas o medo não. O medo de te perder por um dia, uma semana, um mês, pra sempre, quem sabe? E isso dói, dói demais.
Eu quero estar bem, com ou sem você, eu queria estar bem sem ele, mas ele é o único que preenche o vazio que você deixou, ele me faz bem, mas não é você, e dói de novo.
E agora, o que eu faço? Se você for... Se ele for? E agora, o que eu faço? E essa dor?