Ode à alma-lua Ouvir-te, meu desalinho... Maria Lopes

Ode à alma-lua Ouvir-te, meu desalinho Em desejos, converti-me! Sua voz tem o uivo de uma rajada de vento Que refresca o árido deserto Sua voz, metal das sólida... Frase de Maria Lopes.

Ode à alma-lua

Ouvir-te, meu desalinho
Em desejos, converti-me!
Sua voz tem o uivo de uma rajada de vento
Que refresca o árido deserto
Sua voz, metal das sólidas rochas.
Seu sorriso desperta para a vida
Suas palavras... Não!
São o ponto de atrito entre o que sinto e o que recuas
Seu silêncio, meu luar de cinza
As barreiras, nuvens que encobrem
A prata das noites.
Nuvens, todas passam!
Luares acontecem como estações
E eu vou viver de outono a outono
Cada folha caída se fará húmus.
Como hidra minha emoção renascerá
A cada lua fria
Que as nuvens persistem em ocultar.