UM HOMEM SEM AMIGOS Sempre fui assim, e... Yang Encarnação

UM HOMEM SEM AMIGOS
Sempre fui assim,
e hoje me vejo,
reflito sobre meu reflexo,
espero que não.. o desfecho.
perdido na poça de sombra.
Ao retorno de um estado anterior
eterno
Medro o eixo,
nele há o foco aparente,
inibe a essência e sustenta a preguiça
de não tentar, da tentativa de medir
tudo como o, já, convencionado.
O novo que me assusta,
assim como, nem sempre assustou,
o vento que cisma e insiste em soprar
sem deixar de tremular minha imagem
e as paredes internas de meu palco.
O velho, o conhecido,
me mantém à segura.
O que vim, onde vim e
a quem vou me tornar?
Hoje penso
em minha confusão de memórias..
Já esqueci como se usa o terço,
não quero ter de aprender a abotoar
um terno que a mim e em mim cabe.
mesmo que do meu lado, eu esteja ao avesso..
Tenho mais pressa de ser do que.. estar.
Minha existência tem sido marcada por um hia-to.
Eu, de cuja única vogal sou feito,
em meio a essas consoantes tímidas
e ensimesmadas, a quem dedico meu efeito,
pois aprendo que o menos risório entende-se por
causa e efeito, por prazer e (des)respeito
De erros em separar
o aprazível do sincero,
daquilo que nunca se aplica.
Sou tolo em acreditar que passo a ser algo,
Um bobo em acreditar e, tentar me enganar
de que sou.. alguma coisa para.. ou quem?
Ser, em si é uma filosofia que não consigo reter como realidade.
Um bobo ao soletrar com toda a certeza:
aquele que se finge de bobo é um sábio.. !?
E quem liga para ‘esses’, que não passam de.. ‘esses’
Pessoas sem boca e bigode a vista.
Ligo, não me vejo, sou alguém que já foi dito
ou uma cópia de quem será pensado.