Sempre que você acender seu cigarro eu... RebecaMelo
Sempre que você acender seu cigarro eu sempre vou te olhar meia vã, querendo te dizer que não é dele que você precisa. E sim da fumaça do meu corpo que tem que inalar em um silêncio lento e divino. Aperte-me como ao seu travesseiro à noite e não me deixe ir embora. Eu não quero nenhuma palavra, só à boca muda como porto e ponto de descanso. Não quero a sua felicidade inventada pelo novo, que seja pelo velho, mas que seja sua, sua felicidade. Não estou parada aqui há tanto tempo pedindo algo inalcançável, duro e incapaz. Estou aqui pelo algo que eu encontrei e que agora está turvo imerso em mar, em um mar agitado e estranho. Eu não quero te embaralhar mulher! Eu só quero ser a que te vai por pra dormir ao som de ‘Leãozinho’ depois das 11h00min depois de um cafuné e uma xicara de café concentrado, que vai contar histórias e te fazer sonhar no meu colo, que vai te roubar sorrisos e dizer tudo, tudo que você precisa com os olhos firmes. Que vai te jogar no chuveiro depois das 02h00 a. m. até fazer o melhor amor da vida fazendo barulho ao meu melhor amor. A que vai se recompor quantas vezes for preciso entre a distância e a falta das suas palavras. A que não foi a melhor a te oferecer o melhor amor. Os melhores beijos ou os melhores cigarros. Mas a que feito fumaça entra e sai dos seus pulmões surrados em um silêncio lento e divino.