O ERMITÃO APÁTICO Era noite, era dele... Ezhequiel Águia Queiróz
O ERMITÃO APÁTICO
Era noite, era dele
e com ele
a vontade que lhe possuiu
partiu, decidiu
quem intentará?
Suas causas, por ele
Jamais esquecidas
Por fim decidido
Ninguém o mais viu.
Sem dinheiro
Sem prestígio
Sem vontade no viver,
era a doce
Que o mantinha
Como ele quis contar
Até que rompeu-se o dia
Foi-se a linda melodia
Quando a outro viu a amar.
Amargos são os cravos
Tão destemperados
Desce a força acaba
Este paladar
São como espinhos
Este teu caminho
Quem o ajudará?
Sei dessa dor que se aloja
É amarga a expressão
Grita um pranto de soluço
Entalado, quer sair
E a ferir, a decepção.
Quem era amante partiu
A espera de algum lugar
Foste a vida tão hóstil
Desistiu e decidiu
Ir pra nunca mais não voltar.