A carência afetiva confunde nossa... Keila Sacavem
A carência afetiva confunde nossa razão e atropela nossa emoção, nos torna mais intensos e menos sensatos, principalmente quando iniciamos uma relação na qual entramos muito mais pela carência do que pela compatibilidade afetiva, temos hábito de nos iludir com teores românticos que toda relação tem no começo, negligenciando a visão do "meio rotineiro" e "da experiência do fim", nos deixando levar apenas pela empolgação do momento, momento este que muda conforme o tempo, o medo da solidão nos torna cegos, na verdade esse medo camufla o medo de enxergar a realidade que pode não ser cabível a nossa demanda afetiva, quando agimos assim, também nos tornamos vulneráveis ao sofrimento, porque não nos preparamos pra ele quando estamos tomados apenas pela vontade de viver um grande amor, amor esse que pode ou não ser a nossa grande decepção, se não tivermos sabedoria no modo de agir com maturidade e amor próprio, de repente, o tempo perdido poderia nem ter sido por amor e sim por carência, ou medo da solidão. Mas essa certeza só quem nos dá é a razão, mesmo que esta seja tardia demais.