“Degustar”, fazia muito tempo que... Clauderlane Monteiro
“Degustar”, fazia muito tempo que não ouvia esta palavra.
Lembrei-me do momento em que a usei para expressar um momento inconsolável, incompreensível. Lembranças de um pedacinho da vida que se desfez, de um sonho que se traduziu em falsa realidade, de momentos... Cama dividida, lençóis espalhados, um guarda roupa vazio e um vago vasto de solidão.
Falta? Saudade? Ironia do destino? Quem sabe!
A verdade é que recomeçar a cada tropeço e um grande incentivo e é claro muito difícil. Pessoas entram em sua vida e marcam presença e outras não passam de um simples passeio de canoa que podem se molhar ao mergulhar de cabeça em águas desconhecidas.
É muito fácil parar, sentar calcular, projetar, mais é quando algo escapa pelas mãos que nem areia em contato com mar que nos damos conta que tudo na vida não passa de um malabarista em treinamento para um grande espetáculo com um grande numero de publico ou uma arquibancada neutra. É algo que não faz sentido! É ferida mal cicatrizada que fica inflamada e de vez em quando dar um alerta de que ainda esta ali, pronta para ter fazer chorar, em algum lugar nas redes sócias anônimas, nas fotografias cortadas ou quem sabe naqueles presentinhos guardados em um baú de difícil acesso, só para não maltratar muito.
E nesta espera quantitativa de dias intermináveis, o tempo vai oferecendo novas oportunidades e expectativas de um futuro e pessoas melhores...