Sentei numa calçada qualquer e me... Srta Gobeth.

Sentei numa calçada qualquer e me afundei numa melancolia de dar gosto, levantei meu olhar para o céu, invejando as nuvens que conseguem aparecer todos os dias de uma forma tão mágica. Quem dera eu fosse assim, tivesse meu brilho próprio para espantar qualquer mal que ousasse me atingir. Lamentável essa vida de solidão, lamentável ainda mais é a incompreensão das pessoas, que ao meu ver, parecem muito mais osso do que carne.

Reparei no balançar das folhas de uma árvore enquanto eu refletia. O quanto a natureza carrega um mistério só dela, e feliz era quem conseguia transpirar essa essência.

Dei de ombros e puxei um ar quente que tinha em suas extremidades uma poluição genuina, quase que imperceptivel. Mas como de costume, eu sentia intensamente todas as sensações que me eram involuntáriamente enviadas.

Fechei meus olhos e desenhei em minhas palpebras o contorno do seu rosto, pra que aquele frio dentro do espaço do meu corpo se aquecesse com a ilusão de que onde quer que você esteja, há alguma parte sua que sempre estará em mim.

Só me questiono, ou melhor, me contesto... Quem será meu cigarro? Agora que pretendo parar de fumar...