Rodoviária da Solidão O tempo não... Gregorio de Moraes
Rodoviária da Solidão
O tempo não para
Não espera e não perdoa
Na rodoviária da solidão
Ninguém se conhece.
São roupas sem rosto
A caminhada dura e certa
A plataforma decide o seu destino
Olho para todas elas, mas não sou visto
Sinto-me invisível diante das centenas
Às vezes tento me aproximar do desconhecido
Mas a voz que possuo talvez não seja tão harmoniosa
Como a do artista que o fone grita
Fazendo dela ,a musica ambiente.
Calando passos e pássaros
O tempo não para
Não espera e não perdoa
Na rodoviária da solidão
Cada um tem seu rumo, sua vida
E a plataforma apenas diz
foi um prazer não ter- te conhecido