VERTENTES O que procuro afinal? O que... Leandro Flores

VERTENTES

O que procuro afinal?
O que não posso ter?
Por que tenho e não posso?
Por que posso e não tenho?
Você marcou bastante
Ih, já nem lembro mais!
Dúvidas, afirmações, recado entendido
Porém questionado...
Não se preocupe, é apenas um poema!
Nada disso, foi real
Quero viver de novo
Mentira, já esqueci
Um sinal ao menos
Deixa pra lá!
Viva a sua realidade
Quero mais é morrer de ilusão!
Coração de poeta não ama, inventa paixões
O prazer, o pecado, a consciência, a saudade...
Seria paixão?
Que nada, foi só capricho meu...
Meu encanto
Meu desencanto
Meu amor mais doido
E mais consciente...
Minha musa, minha poeta
Meu segredo guardado
Minha loucura mais escancarada
Me faço, me vendo, me inludo
Nem ligo, coração de pedra não dói...
Não sente, não mente, nem fala a verdade;
Deixa fluir, escoar, transparecer
Cuidado, não se entregue!
É melhor não brincar com essas coisas...
Se não for por acaso, não me interessa
Puxa, sacode, entregue, torce a poesia
Que ainda tem inspiração!
Não coloque vírgula, nem ponto de exclamação
Ao ler tudo isso
Eu gosto é das entrelinhas e das reticências...
Nesse poema não há contexto, nem ponto final