Grito Mudo O som do próprio calar eco a... Leivânio Rodrigues
Grito Mudo
O som do próprio calar eco a lugares que se teme conhecer.
E fica-se imóvel aqui, sem saber dizer nada, sem pedir clemência ao abandono.
Então, por fim criou-se um lugar, onde fosse aresto para depositar em leito o que os receios dos homens deixam de viver, confundindo-os uns aos outros sem temer sobreviver.
O estranhar do mundo já não procrastina o que não se vive, e suplica um retorno do que não se pode ter, negando-os a cada palavra em socorro de consertar o que foi dito.
E uma vez mais carrega-se a história sem um fim, na espera de encontrar no caminho a chave que possa libertar o grito mudo do desmentido.