[...] Quando o vejo perco o foco. Nada... Ismara Alice
[...] Quando o vejo perco o foco. Nada é compreensível. Tudo fica apertado demais. A vista embaça, as cores vão ficando desfiguradas, sem forma, sem efeito. Uma ingênua excitação toma conta de mim. Meu coração bate em desordem. Minha concentração fica justa. Pernas bambas. Saliva pesada que quase não se consegue engolir. Coisas fora do comum. Sentimentos contrito. O amargo é doce demais. O azedo é puro sal. Uma confusão que treme. Uma paciência que se perde. A presença dele me causa toda essa graça
estranha. Ele me faz perder o controle de mim mesma. Ele me faz ser louca... E do mesmo tanto que me faz ser louca, me faz ser burra. Pois nem lúcida consigo mais ordenar minha loucura.