O que mais ouço de pessoas próximas é... Carolline Vieira

O que mais ouço de pessoas próximas é a palavra “desapego”. Como se tudo que acontecesse na nossa vida fosse digno de se desapegar. Fala sério! Tanta gente boa pra se conhecer por aí, tantos momentos bons pra se guardar na lembrança, tantas histórias construídas a base do carinho, e nego resolve me generalizar e colocar o tal do desapego em foco? Cai na real, minha gente. A questão não é se desapegar das coisas, e sim se apegar ao que merece. Tá pensando naquele cara babaca que te deu um fora semana passada? Não, não, não. Não pensa. Vamos combinar assim, na hora que a sua amiga chegar e falar “ah, fala sério... desapega”, não dá nem a oportunidade dela abrir a boca. Pensa em mil coisas mais interessantes em que você pode se apegar. Te garanto que ele vai sumir da sua cabeça em questão de segundos. Pensa, por exemplo, no cara bonitinho da academia. Naquela música gostosa que te colocaram pra ouvir no trabalho. Naquele filme sensacional que você assistiu e se emocionou. Chega de pensar só nos malefícios, quando há tanta coisa boa e prazerosa pra se tirar algum proveito. Pensamento positivo, afinal de contas, a gente atrai o que transmite e ninguém aqui tá querendo atrair coisa ruim. O negócio é se apegar, se joga. Sem medo de ser feliz. Porque é assim que a gente vence o que não merece nossa tristeza. Fala sério. Existe coisa mais sexy do que uma pessoa feliz e contagiante? Desconheço. Porque esse tal de desapego é tão sem graça, que só passa a ter alguma utilidade quando resolvemos usá-lo contra ele próprio. E aí? Desapegou? Opa, me apeguei.