Já não creio Não creio no nascer das... Videiro Adolfo
Já não creio
Não creio no nascer das horas
Pois já o tenho, não creio no eterno
Apagam logo o sol do rosto
Não creio no marchar das ladeiras repletas de sorrisos
Nem nos sonhos que a noite aprendeu a servir-me
Um troféu de beijos longos que os lábios não ergueram o infinito
Nas juras para despertar mas uma esperança
Não creio mas no acomodar do amanha que saneia
Todas magoas no olhar pois vos sós comparsa da mesma noite
Que aprendeu a servir-me todos sonhos com decoras de utopia,
Não me importa mas o fulgor do dia nem a negritude da noite,
Apresem logo a minha extinção
Mas para ti oh meu amor cá vai a minha carta
De lágrimas suturado no rosto de uma esperança
De olhos corados
Pois já não creio na eternidade utópica, nas noites cobertas
De algas brancas de astros sorridentes
Mas creio no vazio que não sento…