Relato De Um Amor Vivido. Eu, como todo... Johnny Kwergiu
Relato De Um Amor Vivido
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Eu, como todo homem, prometi para sempre amá-la da forma que merecia. Vivemos o suficiente para sempre. Nos doamos e brigamos como irmãos por bobagem.
Não tremi na hora de conhecer seus pais, nunca foi o fim do mundo passar por isso. Ela algumas vezes me esqueceu, outras me ligava em plena madrugada afirmando estar sem sono; nunca soube mentir para mim, claro que queria me ter por entre a linha telefônica!
Prometi jamais abandoná-la na ilha do esquecimento. Ela me olhava e seus olhos diziam: não consigo acreditar em cada
palavra do que disse, mas o seu amor me roubou, tanto faz o que disser!
Foi a menina dos meus sonhos, a pureza dos meus dias, o inferno da minha tristeza.
Criei com ela a esperança de um mundo melhor, um riso infinito, uma morte com vida.
Esperei nela o tempo necessário para dizer o quanto eu precisava dela ao meu lado para sobreviver.
Ela me tocava com um nervosismo único. Parecia sua primeira vez com o silêncio: lábios entrelaçando lentamente ao redor das horas.
Seus olhos cobravam do meu amor o impossível, o inalcançável; mas eu tinha que mostrar para ela que era capaz de enfrentar as feras do covil para fazê-la feliz.
Quando brigávamos, ora eu ganhava como covarde, ora ela perdia como uma dama.
Dos mil sorrisos que distribuímos pelas ruas, metade vieram depois de cada beijo. Ela era fogo, e eu adorava brincar. Foi eterno cada segundo com nossas presenças tímidas, mal intencionadas, brigadas. Poderíamos nos
matar, mas de amor seria o selamento.
Prometi e ainda cumpro: a amo a cada instante como desde quando a encontrei em uma noite sem estrelas, com luar de brilho intenso.
A culpa não foi minha, e muito menos dela.
Amamos como manda a natureza. O eterno está formado, mas em cada um dos corações.
Em cada gesto repetido.
E, como todo homem, prometi!