Ser negro, ser negra Ser negro é samba,... João Francisco da Costa
Ser negro, ser negra
Ser negro é samba, é bamba, é querer a vida oferecida.
Qual vida?
Ser negra é mostrar a alegria, mesmo quando os filhos passavam necessidades.
E por que passavam?
Se negro é mostrar que se é vitorioso: pois necessita entrar na guerra, da vida!
Ser negra é ser brasileira, lusa, cubana: igualmente exploradas.
Ser negro é ser de fé, “mano”, “bródi”, é funk, hip hop, pagode, mas também sofrer com as críticas, com a morte!
Ser negra é ser esperta, mãe, avó e, sobretudo, ser mulher.
Mulher guerreira, que sofre com a falta de escola, de oportunidade, de respeito.
Ser negro e negra é ser assim: eu, você, nós, brasileiros;
É ter ânimo, mesmo vendo uma realidade triste: o preconceito.
Por isso, busquemos igualdade, luta, verdade.
A negritude não é uma cor, é um estado de espírito: é ser mestre e aprendiz, certo e errado, é ser Tieta, Helena, Zeca Pagodinho ou então, é ser e ter vontade de ser feliz, de ser honesto, de ser legítimo.