Caroline Carrega corpo de mulher, Vosso... David Eliom

Caroline

Carrega corpo de mulher,
Vosso rosto de menina.
Quem esculpiu Caroline,
Com tamanha primazia.

Caroline no andar levita,
Ou imagino eu que seja assim.
Mas contemplando Caroline,
Não enxergo, vejo um Querubim.

Caroline estica os lábios,
Observo... Talvez vá sorrir.
Caroline rompe os lábios.
Deus encosta do lado
Curioso também para assistir.

Do riso iluminado,
O olhar de Caroline brilhou.
Deus se retira do lado,
Com o riso que sua presença abafou.

As curvas de Caroline,
É obra prima do tempo.
Dos pés que levitam aos cachos,
Que dançam no encontro com o vento.
Apenas lhe vejo por fora,
Imagino somente por dentro.

Perco-me dentro de ti.
Caroline é vastidão.
Pequeno sinto-me aqui,
Caroline é grande estrela...
Eu um pequeno grão.

Mista menina mulher,
Caroline o anjo sem asas.
Descera do trono dos deuses,
E feito semente bem rara...
Fora na terra plantada.

Crescera divina entre homens,
O ser invisível encarnou.
Deram-lhe o nome Caroline,
Mas no céu lhe chamam de amor.

Como encerrar o poema,
Sem limitar o sublime.
Sem rebaixar o poeta,
Para que não desanime.
Encerro como no começo,
Citando o nome CAROLINE...