Sempre tive senso de justiça, sempre... Arcise Câmara
Sempre tive senso de justiça, sempre tive vontade de trabalhar minimizando as desigualdades sociais, por muito tempo pensei em ser política, mas ao mesmo tempo sempre tive medo de duas coisas: ou de me corromper ou de manchar minha imagem (esses eram meus maiores medos, ser injustiçada de alguma forma por ingenuidade ou excesso de confiança nos outros).
Muitas vezes me sinto indigna para pedir a Deus qualquer coisa em benefício próprio, peço pela paz no mundo, pela Síria, pela solução da violência, por melhorias na saúde (violência e saúde eu acredito que seja problema de gestão e não de dinheiro).
Sempre tive esse espírito de ajudar na prática, palavras, consolo, ajudam e muito, mas não resolve o problema de ninguém.
Depois que o trânsito ficou caótico e eu passei a almoçar na empresa e a fazer meu almoço à noite, e consequentemente estou aprendendo a cozinhar, percebi que uma colega não trazia almoço e logo me prontifiquei a trazer para nós duas. Ela aceitou de bom grado, afinal saco vazio não se põe de pé e assim tenho construído um relacionamento com ela de ajuda mútua, nos tornamos amigas e dou carona para ela até a rua de casa, o que facilita a condução dela até a faculdade.
O que me enche de alegria é saber que eu posso amar nas pequenas coisas, eu posso transformar o mundo para melhor com moedinhas, com gotas d’água e principalmente com boa vontade. E acreditem, eu faço mais bem a mim mesma que a ela.