Individualista? Eu? Será... Este mundo... Sonia Souza
Individualista? Eu? Será...
Este mundo moderno em que vivemos e que cada vez mais se valoriza o consumismo, os sonhos de comodidade, de felicidade e de realização pessoal, convida a pessoa ao individualismo.
Assim as pessoas vão se tornando frias, indiferentes e calculistas, não se importando mais com o outro.
Infelizmente as ideias e o pensamento predominantemente individualista estão se tornando parte da nossa cultura: somos formados e adestrados para o individualismo.
Cada qual preocupado consigo mesmo e com seus problemas. Procura exclusivamente sua família, sua felicidade e, sobretudo não se sentem ligados aos outros.
São indiferentes. A vida e a morte são tratadas como assuntos pessoais.
Mas o que é esse individualismo, que só conta meus interesses?
O individualista é por sinal uma pessoa antissocial, não no sentido comum da palavra. Ela pode até ser uma pessoa de boas relações sociais, pode até ser uma pessoa que esteja sempre próxima aos outros, porém por ter caráter exclusivamente individualista usa muito os termos: “minha vida”, “minha escolha”, “minha liberdade”, “meus direitos” “minhas coisas”
Só pensa na sua profissão, no seu dinheiro, sempre que pode dá um jeito de tirar vantagem e aproveita de tudo e de todos para atingir seus objetivos.
Estamos tão habituados e é tão forte essa cultura individualista, que nos tornamos egoístas e nem percebemos, e assim vamos formando conceitos sobre as pessoas.
Hoje em dia é comum espalharmos nossas ideias preconceituosas e individualistas, e nossos julgamentos errôneos. Por exemplo, quando falamos que determinadas pessoas são preguiçosas, não querem saber de nada, vagabundas, bêbadas, que vivem na miséria por que não querem trabalhar. Todas essas coisas que acontecem e são ditas são de caráter individual, portanto, cada um que se vire...
É comum a televisão refletir essa cultura dominante por meio de novelas em espaço nobre, onde dão um show de individualismo e libertinagem. A moral, o caráter, e a disciplina não são observadas.
O amor fraterno e a solidariedade são sempre deixados de lado. Esses valores não dão audiência, não dão ibope nem publicidade.
Cadê o espírito solidário, participativo e cristão?
Por que valorizamos tanto o individualismo?
Provavelmente tudo isso está acontecendo porque estamos cegos, surdos e mudos.
Precisamos resgatar os valores tão bem ensinados e tão rapidamente esquecidos
Precisamos reaprender a compartilhar e partilhar do que temos, de modo que possamos ver os problemas humanos de maneira comunitária, só assim deixaremos de ser exclusivamente individualista.