Às vezes penso: não seria melhor nunca... Jeozadaque Martins

Às vezes penso: não seria melhor nunca ter conhecido aquela pessoa que acaba de partir? Sim. Se eu não a conhecesse, hoje eu não estaria chorando, sua partida não doeria em mim, eu não ficaria triste, não sentiria saudades...
Mas, às vezes, penso que melhor não. O melhor foi conhecê-la, foi abraçá-la, foi passar horas e horas conversando com ela. Esses momentos foram ímpares. Não há tradução nem é possível decifrá-los.
Seria até egoísmo meu não querer ter conhecido. Assim, eu só estaria querendo o bom da vida.
Às vezes é preciso saber lidar com as perdas, aceitar que nunca mais vamos ver aquela pessoa, que às vezes, vamos chorar por ela. E que, por mais que a dor cicatrize, ainda vai doer de vez em quando. E por quê? Porque o amor que sentíamos não se foi, mas continua intacto.
Como dizem: “A vida continua.” É. Continua.
A gente tenta viver driblando a saudade, tenta preencher o vazio que ficou com as lembranças que estão vivas em nossa memória...
E como lidar com a saudade? Bem. Por mais dolorosa que ela seja, é a prova de que tudo valeu a pena.