Acredito que sou assassina... Talvez por... Nathália Cavalcante.
Acredito que sou assassina... Talvez por ter cometido um grave crime, talvez um dos piores para quem sente. Matei minhas esperanças... As boas memórias eu enterrei, e das borboletas só me sobraram os esqueletos. Agora sim, sei que é fim. Creio que no fundo, no fundo, eu senti que essa hora estava bem perto de chegar. Alguém que entra em sua vida, te faz acreditar em coisas praticamente impossíveis de se acreditar, que te faz rir, te faz sorrir, te faz chorar de saudade, não lhe deixa dormir, mora em teus pensamentos, e invade teus sonhos... Triste dizer adeus para alguém assim. Bota triste nisso. É doloroso, é criminoso, mas você sente que tem de fazer. É como abandonar um sonho... Fechar a porta na cara de um bom prêmio. Trocar tuas certezas por uma boa quantidade de dúvidas. De certa forma, obrigada por aparecer em minha vida, e por ter dado esperanças em mim, que eu jurei que nada mais colocaria. Desculpa por não ter conseguido ser diferente... Foi só o destino dizendo que não era a estrada que eu deveria seguir. Saiba que, em qualquer rosto que eu disfarçadamente olhar, teus olhos, tua boca desenhada, e tuas sombrancelhas estarão lá, tomando minha noção do que é real. Saiba também que, todos os temperamentos que eu conhecer bem de perto, eu jamais deixarei de desejar que sejam iguais ao teu. Saiba, que quem é, e tudo que criamos juntos, será sempre a minha maior prioridade. E minha vontade de te ter, de nenhuma forma diminuirá. Tudo que é sincero, dura. Mesmo que nas memórias... Me orgulho de ter um dia o conhecido, se for para nos pertencermos, pode deixar... Daqui alguns anos nos encontramos novamente, e quando esse dia chegar, todos os meus caminhos guiarão meus passos até você.