Dar-se valor ao mar calmo de peixe... Ismael Azevedo
Dar-se valor ao mar calmo de peixe abundante em águas límpidas de sabor doce repugnante, que não te atiras em tormentas e te impõe em aflição, dar-te-ia tal mar, confiança de vida eterna sem eterna gratidão, pois desse mar tu arrancarias pouco para ti, e de tão aconchegante só irias descansar a te mesmo sobre as marolas constantes que por hora seria a única existência. Dar-se-ia valor ao sal que dilata suas papilas gustativas ao som de seus lábios falácios que de dó não tem pena de meu abandono, pois a brisa mais calma estaria cheia de mim ao som de te, que não falhas em falar aos quatro ventos o que tenho de mal quando o bom de mim seria óbvio demais ao ouvido do seu semelhante maior. Por esta falo apenas que serei doce como o primeiro, quando for te fazer o bem, mas quando tentares o mal contra mim, te farei como sapo em sal, serei o pior sódio que teu corpo puderas tocar.