A maioria das pessoas, e nelas me... Fernando Azeredo
A maioria das pessoas, e nelas me incluo, tende a idealizar tudo e todos que lhes são mais próximos, íntimos e caros. Grande erro! Erro reiterado, mania difícil de mudar... A idealização dá início a um processo de destruição que, ao final, invariavelmente, gera dor! Tenho clareza que o problema não está no outro por nós idealizado, o problema é nosso, só nosso! Idealizamos para nos sentirmos bem, nos sentirmos mais amados, queridos, etc. Quando a idealização dá lugar à realidade, surge a dor.
Sei que devemos trabalhar a aceitação e termos consciência das diferenças, que podem ser saudáveis, entre nós, seres humanos, únicos, com suas inúmeras qualidades e defeitos. Mas se tudo aceitarmos talvez venhamos a incorrer no erro de nos aproximarmos cada vez mais daqueles que, embora próximos, nos são mais distantes e estranhos! Minha confessa burrice na insistência em idealizar talvez se deva à necessidade que tenho de reciprocidade... Maldita necessidade da qual não abro mão!