DOR Vai corroendo, queimando e... Maria Paula Vieira
DOR
Vai corroendo, queimando e destruindo.
Um pedaço do corpo, do coração e acaba na alma.
É como o fim da abelha ao utilizar seu ferrão, é como não ouvir o trovão após o relâmpago. Inevitável.
Tentar distrair o inevitável, tarefa árdua.
Torcer para o tempo correr e tudo acontecer de uma vez. Como tirar o curativo, puxar de uma vez e todo o sofrimento se acabar rapidamente. Mas não, tudo insiste em acontecer lentamente.
Um minuto, infinito. Um dia, eternidade.
Acaba com uma vida, desmancha um sorriso, traz uma lágrima, enlouquece.
Vem, abala, desestrutura, brinca de ir e vir. Sorri e se diverte com você.
Mas quando você menos espera sai por cima, se contorce e torce. Dança para ela, gira e salta, e se vinga deliciosamente.
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