E eu achei que poderia simplismente... Bruna de Paula Cardoso
E eu achei que poderia simplismente apagar. Veja só, me deixei levar. Eu poderia simplismente te odiar, já que não posso te apagar, mas que pena, a memória insiste em me fazer lembrar. É na música que eu ouço, nas coisas que eu toco, nos sorrisos que eu vejo, e eu me pergunto, por que é que tudo tem que ter você? Por que é que tu tem que aparecer, depois de tanto tempo fora? Se a tua ausência, já me conforta? Mas por um lado, eu abro as portas, te deixo entrar, te deixo estar, fique aqui, ou quando for, me avise a hora. Porque na verdade tu tens um péssimo defeito, que eu aceito de qualquer jeito, porém machuca um pouquinho; Tu somes sem avisar, tu vai sem nem me falar, tu foges sem nem me explicar, o por quê, de se ausentar. E quando eu olho para os lados não vejo mais ninguém naquele lugar, mas não me peça pra te esquecer, eu não posso substituir você. E eu posso tentar te encontrar em vários sorrisos e em vários abraços, posso tentar te substituir com vários romances e vários laços, mas nunca será o suficiente, nunca será tão ardente. Então quando tu resolveres dar uma volta, ir embora, pega as malas, deixa um bilhete, me explica, me acalma. Então quando tu resolveres dar o fora, só me avisa, só me diga, não deixa as coisas subentendidas. E eu posso tentar fugir da saudade, ignorar a realidade, e tentar me afastar; Mas eu sei que não importa o quão longe eu vá, eu sempre ei de voltar.