O medo me mantém acordado. Me protege... Paloma E.M.S
O medo me mantém acordado. Me protege do inesperado. Às vezes me petrifica - verdade -, mas cumpre bem seu dever.
A medida do risco, do erro, do provável e do possível, me prepara para o pior. Me adestro com simulações mentais de ação-reação. Mas, como reconhecer o medo?
Complicado.. mas o medo nos mantém vivos! Nos faz olhar para todos os lados, pensar em todos os atos, tratar todas as variáveis com especial atenção, fechar portas e janelas, instalar alarmes. O medo entrou para o mercado. O medo vende. E nós compramos.
Como perceber o medo? Terá um rosto? Ah.. o medo vem (com e) nas sombras, nas bicicletas lentas e nas passadas rápidas. O medo tem um rosto meio 'troncho', desenhado aos poucos, numa ação coletiva, por aqueles que se sentiram afetados por ele.
O medo apavora, desconstrói, impõe limites.
Mantém a ordem e afasta o caos.
O medo estrutura nosso Ser e Estar. Está no ‘Em Si’ e simula um ‘Para Si’. Ele fatia, protegendo-nos de nós mesmos - segmentados em nossas frustrações.