O conhecimento deve conduzir ao amor.... John Stott
O conhecimento deve conduzir ao amor. Quanto mais sabemos, mais devemos compartilhar do que sabemos com os outros e usar o nosso conhecimento em serviço a eles, seja na evangelização, seja no ministério. Às vezes, porém, nosso amor poderá moderar o nosso conhecimento. Pois o conhecimento em si pode ser ríspido; é-lhe necessário Ter a sensibilidade que o amor lhe pode dar. Foi isso o que Paulo quis dizer quando escreveu: “O saber ensoberbece, mas o amor edifica”. O “senhor do saber” de quem ele fala é o cristão instruído, sabedor de que há um só Deus, de que os ídolos nada são, e que portanto não há razão teológica alguma pela qual não deva comer uma comida que fora anteriormente oferecida a ídolos. Entretanto, pode haver um motivo de ordem prática para dela se abster. É que alguns cristãos não têm tal conhecimento e, em conseqüência, suas consciências são “fracas”, ou seja, não instruídas e excessivamente escrupulosas. Anteriormente eles próprios haviam sido idólatras. E, mesmo depois de sua conversão, acham que, em sã consciência, não podem comer tais carnes. Estando com eles, então, Paulo argumenta: o cristão “forte” ou instruído deve abster-se para não ofender a consciência “fraca” de seus irmãos. Ele mesmo tem a liberdade de consciência para comer. Porém o seu amor limita a liberdade que o conhecimento lhe dá. Talvez seja contra tais circunstâncias que Paulo chega a dizer, em alguns capítulos adiante:
“Ainda que eu ... conheça todos os mistérios e toda a ciência ... se não tiver amor, nada serei”.