Morte é vida. Cientistas, padres,... Flávio Cardoso
Morte é vida.
Cientistas, padres, ateus, agnósticos, religiosos de todas as religiões diferentes.
Todos limitados a uma vida onde a morte é a última coisa a se pensar, criando esperança em prolongar a vida, uma vida eterna.
Baseamos nossos pensamentos e nosso conhecimento quase como em uma "fé" em um tormento que transtorna bilhões de pessoas, o amanhã que talvez possa não existir. E não existirá para muitos.
Faremos protestos, passeatas, por uma liberdade que não temos e talvez nunca conseguiremos ter.
Uma paz, a verdadeira paz que talvez não encontremos.
Hoje poucos chegam a ver as pessoas de sua 3ª geração.
Alguns não chegam a ter nem mesmo filhos, ou realizar sonhos dos quais não conseguimos abandonar.
E em vida, somos pensadores que desistiram de pensar para viver.
Ainda que levantemos o mundo, e fizéssemos tudo certo, não seria o bastante se não pudermos ver o futuro, como ficou o futuro dos nossos jovens que hoje são tão desinteressados da vida.
Tememos a morte, e nada importa depois dela.
Alguns querem encontrar seu criador, a essência do universo, outros querem apenas solucionar o maior problema de suas existências.
Numa solução que nem mesmo conseguimos encontrar em vida.
Temos tantas limitações, somos tão humanos, humanizamos a ideia de que o universo necessita de nós.
E ele nunca precisou de nós, nenhuma erupção solar precisou da influência humana.
Hoje temos tecnologia para prever movimentos rotacionais da terra, antes eramos apenas uma parte desse sistema nervoso que morre e alimenta outros seres que evoluem.
Desacreditando em nossa própria evolução, e nos limitamos a sermos sempre os mesmos e pensar que somos parte de uma criação maior, esquecemos as nossas origens.
Somos a terra, e a terra é parte de nós.
Somos como pedras. Alicerces que mantém a base primordial.
Esquecemos que somos humanos, e baseamos tudo que sabemos no que outras pessoas pensaram que haviam descoberto.
Morreremos todos um dia, e um dia saberemos o que é o verdadeiro fim.
E todo dia nasceremos de novo nos sonhos que deixamos para alguém, até o ultimo de nós morrer.