Enterrava-me aos poucos em cova rasa... Douglas Coelho
Enterrava-me aos poucos em cova rasa
Disse-te tudo que causara meu tormento
Roubaria a terra pelo teu amor em noites claras
Roubaria a lua para nos iluminar em noites de sofrimento
Guardaria o sol em meu bolso para esquentar nosso corpo.
Desculpe-me por amar você
Por idealizar sua forma
Por admirar seu andar
Por fazer versos sem rima
Por ter que me enganar para ser feliz
Por não ter nenhum argumento
Desculpe-me Marília
Desisto em definitivo
O pobre garoto já está triste
Diante de todas minhas palavras
Todas minhas ações
Minhas singelas canções
Não, não consegui mais uma vez
Me afasto de você
Tentarei uma vida nova
Porque minha essência é mudar
Não me basta ser rio, se posso ser mar.