Com as mãos ávidas, arranho as... Adriana Vargas
Com as mãos ávidas, arranho as paredes, sentindo a textura fria e lisa, deslizando por entre minhas digitais - hora desejo tanto, hora repulso, lambuzando a falsa moral de quem finge não sentir nada...
Sinto... Deito-me com os sentidos... Penso... Espanto o sentimento; volto ao teatro estimulante de quem treina para sentir. Abro o armário e abraço as roupas, elas se encaixam em meu corpo, acariciam-me como a cereja no copo de martini, de um lado para o outro... tocando-me...