“Não entendo ás vezes em que meu... Mari Paranhos

“Não entendo ás vezes em que meu coração me pede para fugir, desistir desse sentimento por razão de um atropelo do passado ou talvez uma mera desconfiança.O que não se diga tão mera assim, se diga concreta e impávida talvez. Desses tantos “talvez” que empurro esse sentimento. Talvez tudo seja verdadeiro, talvez acredite agora em suas palavras, talvez realmente seja esquecimento, talvez não me magoe mais e seu sentimento esta aqui. Não sou capaz de entender eu ser um ser excepcional de esquecer aquilo já concluído, já terminado de não ter mais sentido.
Talvez o seu aquilo ainda não esteja terminado. Até onde a razão desconhece a convivência, os anos vividos aos pares entrelaçados num mesmo cotidiano de ideias e prazeres. Ainda não sei o que é isso, não sei até onde é bom viver isso, mas você sabe.
É pedir muito querer alguem livre do passado, sem impedimentos, sem confusões, sem indecisões, sem querer o que esta ao alcance e fora do alcance ao mesmo tempo? Quero ter alguem que viva e comece uma história única e plana, certa e pura, me deixe segura da confiança convicta de que pensa só e somente em mim.”
— Talvez eu queira demais…