Do encéfalo ao Miocárdio! Ai de mim... Richard Beltrão
Do encéfalo ao Miocárdio!
Ai de mim pobre coitado
Por dar te ouvidos outra vez
E compactuar com seu jeito tresloucado
Para depois encontrar em meu reflexo, esqualidez
És eloquente como um Arauto
Mas ofuscado, caminha na contra mão
Eu até entendo que mal não há em estar enganado
Mas persistir no no engano é contravenção!
Benquisto és, mas todavia
Há limite em meu bem querer
Ainda que por ti há tamanha primazia
resguardo em mim a excelência do bem viver
Por hora faço-lhe somente um pedido
Tão antes que me esvaia a lucidez
Devaneios é bom, faz sentido
Mas dê-me tempo para restabelecer-me de vez!