O baú estava aberto, lá eu vi aquelas... Thays Ribeiro
O baú estava aberto, lá eu vi aquelas fotos antigas que tiramos enquanto havia aquela paixão avassaladora. Elas me trouxeram boas recordações. Mas reviver você, ás vezes, não me faz muito bem. Parei um pouco no tempo para olhar elas, e, pelo menos, tentar entender como um amor tão forte se desfez de repente. Uma tentativa falha, pois não consegui entender. Já estava em pé, preparada para sair dali
e jogar aquelas lembranças na lixeira. Algo me prendeu ali, foram os bilhetes. Os bilhetes que fizera para mim, dos quais não mais esqueci. Eram palavras tão verdadeiras, mas que hoje não tem significado nenhum. E me vi, novamente, sentada entre as fotografias e as palavras. Sem querer me veio uma lágrima. Na verdade, não sei se era de felicidade, emoção, tristeza, ou... Saudade. Se bem que, saudade é tudo isso junto. E era sim, era saudade. Por um lado, foi bom ter encontrado essas fotos. Elas me fizeram voltar no tempo; reviver momentos sem, ao menos, sair do lugar. Não esperava que esse sentimento me perturbasse outra vez. Mas, olha aí, ele veio. As horas passaram e eu ainda continuei observando-as, e sem querer, deixei uma cair. Pode ter sido algo que a derrubou, alguma coisa querendo me falar. No seu verso estava escrito: ‘’Para aquela que despertou meu amor. Aquela que é dona da minha razão, emoção, e fidelidade. Para a garota que conseguiu transformar meu mundo, e me entregou o seu. Para aquela que me faz feliz, simplesmente, por existir. Te amo!’’. Antes mesmo de terminar de ler, outra lágrima tomou meu rosto. Percebi que aquelas lembranças serviram para me certificar do que já estava na cara: O amor ainda prevalece. E depois de tantos anos, você ainda está ao meu lado, mesmo não estando aqui. E o que restou ficou na história, não há como apagar. Seja lá qual for o futuro, espero te encontrar nele.