E o que seria sua beleza quando você se... Ismael Azevedo
E o que seria sua beleza quando você se fez num presente em pacote charmoso, atraente, porém quando aberto é apenas mais uma caixa vazia. Pensei que fosse como um livro de romance policial, com mistérios, segredos, desses que nos dá cala frios, onde o 'mocinho' passa por apuros e temos ansiedade de ler o desfecho, mas quando te li nem a capa lembrei mais. Daí pensei, como julgar um livro de bela capa, não, não, não dá, até a capa de um livro seria mais interessante quando abre sua boca e o pior dos livros não seria tão vazio quanto você foi (é). Comparei então como se fosse uma cede morta em água, logo imaginei que seria a forma mais fácil de ludibriar meus olhos, mas te ter, lembrar-me de ti, só me fez pensar em água de mar e água desse tipo não mata cede. Foi quando me veio a ideia de crença, o ideal de acreditar naquilo tudo que por hora fantasiei em mim, religiosamente fiz isso, mas a troco de nada, religião é algo tão complexo que acreditar em você, ou naquilo que você prega seria terrível, é como dizer: Sou não praticante. Não ser praticante, é não ser nada, e praticar te amar, praticar gostar de você, ou praticar acreditar em você quando você parece nem ser você, é o mesmo que ser agnóstico, crer em algo que nem sabe-se o que é. Esqueça essa capa, quem tem capa é SuperHomem e uma simples criptonita o mata, esqueça essa carne, toda carne vira carniça, retire essa máscara o baile já acabou, seu show foi digno de palmas em libras, plateia repletas de surdos e mudos. Esqueça, abandone, me esqueça, me abandone, preciso ir de encontro ao que me pertence, estou apenas me livrando daquilo que me retarda, adeus