Reagindo a Dor Talvez sim, talvez não,... Arcise Câmara
Reagindo a Dor
Talvez sim, talvez não, só o tempo dirá, mas honestamente eu acredito que meus comportamentos atuais são reflexos de tudo que vivi, especialmente os sofrimentos.
Virei mais individualista, penso um pouquinho mais em mim, mesmo não tendo abandonado meu lado generoso e com confiabilidade alheia.
Estou mais centrada, não sei exatamente o que quero e como quero, mas sei exatamente o que não quero.
Não sei se tratei os sintomas ou as causas, não sei se sobrevivi por milagre ou por medicação e tratamento, só sei que estou de pé, firme, forte, guerrilhando com meu eu e com minha nova forma de ver o dia, a vida, o mundo. Além do mar, além do oceano.
Tive dores emocionais incríveis multiplicadas por 1 milhão, sou extremista, esqueceram? Espero que não!
Confiar? Me doar? Agradar? Mimar? Sim, se não for desse jeito, não tem razão deu existir, afinal eu não consigo não ser eu.
Fico me perguntando se me amargurei? Sim. 0,1% de acidez.
A autenticidade continua a mesma, a busca por liberdade de expressão também. Me sentir eu mesma faz parte do conjunto e é valor primordial para sobrevivência.
Braços e mãos de ferros, esperança de dias melhores, mesmo com o corpo ferido. Mesmo com o tornozelo ferido, mesmo com vontade de gritar e fugir.
Todos nós algum dia já amadurecemos com a dor, ela nos clareia as ideias mais rapidamente que o amor.
Problemas nos faz encontrar a força, experimentar a vontade de mudar o que a vida te impõe.
Não busque perfeição, não busque eternidade, busque paz, busque perdão, busque recomeço, o resto é ciclo contínuo.