Sonhos Sinto o vento Levemente tocar meu... Camila Rech
Sonhos
Sinto o vento
Levemente tocar meu corpo
As feridas sangram cada vez mais
Então fecho os olhos e sonho com um dia lindo
Belas árvores
A chuva fina me acorda
Então vejo a escuridão em que me encontro
Tento sair, tento me libertar
Não consigo...
Minha força acabou
Nem um pingo a mais de esperança
Olho para o céu, o sol está alto
Mas a claridade ofusca meus olhos
Nada mais enxergo
O corpo fraco, magro
Procura um canto para se alojar
As mãos trêmulas enxugam as lágrimas
Do rosto pálido e sombrio
Uma mão aparece puxando aquelas mãos frágeis
Alguém lembro da pobre criatura
Tiram-na do buraco
Ainda trêmula, com os olhos vermelhos de tanto chorar
Uma lágrima de agradecimento cai, e com um olhar, o adeus.