No encontro de uma Constante - Sou Assim... Bruno Luiz Mattos
No encontro de uma Constante - Sou Assim
Não sou muito de olhar para o passado
Ele aparece naquela nevoa tênue
Entre esperanças, desesperos, felicidades e medos
Tornando um pouco disso uma utopia.
Posso lidar com meus fantasmas
Conversar com eles e deixá-los me consumir
Aprender um pouco antes que ordene que partam.
E essa incompreensão faz com que eu viva em tangentes
Estranhas, assustadoras, incoerentes...
Mas confortável em vista do que é normal.
Sou assim, um mal incapaz de derrubar uma mosca
Uma bondade que não poupa uma formiga
Um anjo sem caminho certo
Procurando constantes, procurando um equilíbrio
Sonhando e realizando, sempre indo além
Com medos, mas sem receios.
Nunca ouve alguém para ensinar
Então ninguém pode julgar
Esses erros que parecem me derrubar.
E no fundo me distraio por ai
Ajudando, me dispondo, aventurando
Uma forma de unir o tangente e o real
Tentando não julgar, mas julgando
Um mundo tão cheio do que é dispensável.
Acorde-me com abraços, com suaves palavras
Sem promessas, sem exaltação
Com um pouco de amor e depois me lembre do resto.
Sou assim e talvez ninguém descubra a razão
Ninguém pergunta sem fazer perguntas.
Talvez seja isso que ninguém entenda
Que realmente quero viver e não apenas sobreviver
Imortalizar um pouco de mim e não apenas passar.
E nunca vou me importar de errar
Se o que tentei foi realmente verdadeiro.