Silêncio Pergunto-me como fui gostar... Bruno Luiz Mattos
Silêncio
Pergunto-me como fui gostar assim de você
Disseram-me que não há como imaginar
É apenas uma reciprocidade
Um entrelaçamento ou um simples acaso.
O sentimento veio e invadiu meu silêncio
Levou para longe tantas inseguranças.
Gritou com meus medos.
Fico com medo, tenho medo
É um medo que me faz ficar
E não há porque fugir
Quero que esse algo
Leve-me para algo além
Que o nada tem me mostrado.
Compartilhar palavras, momentos, abraços, sorrisos
Um pouco da minha existência.
Se for pelo beijo que descobrimos
Talvez possa lhe dizer, sussurrar na sua alma
Que quero ficar.
E se você não quiser nada disso
Não vou chorar nem lamentar
Seria injusto culpar o mundo
Pela oportunidade
De conhecer o paraíso
Naquele seu olhar
Que em um instante redescobri minha constante.
Mas amor é amor, não se perde
Sempre será seu
E mesmo que não use
Estará sempre contigo e você comigo.
E minhas palavras estão circulando no silêncio
Ditas para Lua, entregue ao Mar
Navegando no lago.
E apenas posso dizer
Que tudo seria menos perfeito
Se não houvesse você.