Soneto do tempo Penso no tempo que não... Sandro Kretus
Soneto do tempo
Penso no tempo que não volta mais
O tempo que voa com a eletricidade
Que castiga com seus temporais
Destruindo templos e cidades
O tempo que passa sem ser percebido
Pelos meros e pobres mortais
Que jaziam no limbo esquecido
E se vão como folhas nos vendavais
Ah! Tempo! Inimigo perpétuo
O que fazes tu no meu caminho?
Se pudesse andava sozinho
Sem pisar nas tuas armadilhas
Sem prender-me em tua prisão
Tempo, o que fazes tu na exatidão?