Dói O mundo deu-me uma vida lacrimosa... Gregórian J.P

Dói

O mundo deu-me uma vida lacrimosa
Vagando e catando pedaços de sentimentos sem consonância
Minha falta de misericórdia tornou-se honrosa
É antídoto para almas fracas semelhantes aos medos de infância

Andando dentre multidões numa profunda melancolia Kafkaniana
Lembrando de todas as curas causadas mergulho em êxtase toda agonia
Todos estes atos me expurgam de tal nirvana
Meu corpo sofre cria por si só inevitável criogenia

Agora fadado á estar dentro de deferentes seres, porém só
Alimentando-me com fragmentos de sombras tortas
Plantando nessas covas rasa meus escárnios sem nenhum dó
Navegando a deriva, sem sentido e sem rota

Que estranheza um ser explodindo em vida amar a morte
Mais que esta vida em demasia não lhe cabe. Transborda.
Algo grita dentro de mim esquizofrênico e forte
No fundo existem rejeições sombrias para tais hordas

Um dia os fantasmas abandaram este corpo introspectivo
Teremos vidas incríveis e tangíveis
Um corpo far-se-á feliz por não precisar se tal esfera receptiva
Amputando pernas e mãos levando clareza em atormentados níveis
Perdoe minha prolixidade temperada com surrealismo. Dói