Não era amor, não era paixão, não... Vitória Trigo
Não era amor , não era paixão , não era nada relacionado a plural . Ela pensava nele todos os dias de uma forma delicada e escondida. Ela poderia se ocupar com centenas de coisas mas sabia que no final do dia era ele que permanecia na sua mente . Ela fazia de tudo para esquece-lo completamente , mas parecia que ele deixava rastros em todo canto onde ela respirava. Perseguição fantasma. Ela não o via mas sabia que ele estava ali. Num dia desses ela perguntou para si ” É amor ? É desejo ? Que diabo és isto?” . Ela era cuidadosa , quer dizer , ela se tornou cuidadosa . Ela já sofreu tanto com o amor e decidiu não amar. E quem disse que ela não conseguiu ? Sim. Ela conseguiu . Por isso a dúvida. Foi assim que descobriu o que sentia. Ou melhor , o que ela queria que ele sentisse. E era saudade. Ela necessitava que ele sentisse saudades dela. Que ele se importasse , ligasse , mandasse alguma mensagem , lembrasse dela de alguma maneira . Ela só queria que ele sentisse falta. Só isto…