Fragmentos
Voei, voei para me afastar... Andei,
fui à milhas daqui...
Eu me agarrei às asas dos meus pensamentos intrépidos,
aqueles que acompanham o vento na velocidade das rajadas,
ou da luz!
Busquei, busquei à milhas daqui,
o que somente aqui havia...
O que só daqui, queria!
É onde está a minha cruz,
Aquela, que carrego e com ela
peregrino pelos tempos, desde então!
Aquela, que me fere, às vezes, ombro e coração...
Mas é parte de mim, e, me importa carregá-la,
e entregá-la,
no lugar de onde a peguei;
Ao lugar para onde voltarei,
após, cumprida a missão...
Ao invés de humanizarmos os animais não humanos, poderíamos pensar em domesticar o ser humano. Talvez, assim, diminuísse a selvageria que nos faz algozes, às vezes de nós próprios...
Alguns indivíduos se reconhecem como os únicos a produzirem a luz que vai iluminar cada cantinho de que é feito o Universo. Eles se percebem como chaves-mestras, aquelas que abrirão todas e quaisquer portas. Se assim fosse, não necessitaríamos de fechaduras com tantos segredos e não haveria tantos seres perdidos no ostracismo, do “lado de fora”, sem poderem entrar.
Quando a vida me der um limão
Jurei não fazer limonada...
Que nada!
Muito tranquila,
nem pedirei tequila!
Sem dilema,
tentarei transformá-lo num doce azedo poema...
Quando a vida me der um limão...
Nada é eterno; nada dura para sempre. Não devemos pensar que, porque em alguns momentos as coisas boas se nos apresentam em abundância, um dia elas não irão nos fazer falta. Nesse dia, não quero estar em outra pele que não seja a minha, porque doei o que me era possível... E isso conforta? Não, não conforta; sei disso, porque o vazio permanece independente de qualquer plenitude...
Sobre os excessos que cometemos, podemos dizer que, a alma, esquecida da sabedoria que trouxe consigo deixou-se levar pelas coisas mundanas. Largou o discernimento jogado a um canto e saiu tentando compensar alguma falta que pensava ter... Daí os excessos!
As distâncias são medidas pela distância entre um coração e outro; é ele quem determina o longe e o perto.
Venha com as flores que vier...
Com as cores que tiver
Trabalhadas em detalhes
Consumados
Quero ser flor...
Ou serei fruto?
Sou amor quando é preciso
Sou queixume;
Sou ciúme...
Sou perfume,
em estado bruto
Sou cantiga...
Sou espiga ao nascer
No milharal,
Com cabelos coloridos
Vermelhos; roxos; lilases...
De cores tantas,
e lindas!
Que trazes,
porque enfim,
é primavera!
És bem-vinda!
Nós nos vemos através do outro. Os pormenores aos quais nele não apreciamos, pior se nos apresentam. É como o efeito dolorido de uma bofetada, que vem nos acordar para o uso da razão.
" Desde você vivo um diálogo esquizofrênico,
Dia após dia, ano após ano em constante diálogo..(Esquizofrênico)".
Somos livres para fazer o que quisermos... Contanto que haja discernimento e moderação. Fanatismo torna a alma cega.