Fragmentos
Que dom tem o poeta de transformar!
Em seu grau maior eleva o amor...
Empodera as pedras, o vento
que empodera as nuvens e as árvores
e, embeleza - mais ainda - a flor...
Minimiza, de todas as formas de morte,
a dor...
Que poder tem o poeta,
em seu dom transformador...!
Nossa liberdade começa, quando podemos escolher o certo, mesmo que todas as setas apontem para outra direção...
Sempre haverá pelo que lutar! Batalhas interiores, aquelas que ninguém vê... A cada manhã ao abrirmos os olhos estará ali um desafio a ser superado; um limite a ser transposto. E não é nem será mérito de ninguém! Todos nós temos. Todos nós passamos por isso. A vida não escolhe de quem vai exigir, a quem vai corrigir - embora muitas vezes estejamos cegos a essa correção... Às vezes não aprendemos nada do que ela quer nos ensinar e repetimos o mesmo erro indefinidamente. Nem o próprio “decorar” das lições nos ajuda... Mas ela não deixa de corrigir e cobrar...
E os sonhos não vividos...
Aqueles, que ficaram num cantinho a esperar [?]
Uma noite, apenas, ou um dia...
Irrelevante o tempo!
Quando só momento importa.
Caminho eu, pesado agora.
Tamanha bagagem que arrasto...
Depois de você...
Caminho eu, pesado agora...
E meu sol não tem mais cor...
Embora, me queime a pele...
E me provoque o suor.
Não me basta para me aquecer a alma...
Não me basta, para acalmar
meus intrépidos pensamentos!
Suave é a noite, ouço alguém dizer...
Então, por que, aos sobressaltos,
Tenho pressa de chegar?
Tenho pressa de partir?
Tenho pressa de esquecer?
Tenho pressa de dormir?
Tenho pressa de acabar... [?]
[...] agora eu estou falando como gente com os dois pés no chão. Gente que não complica; gente que, embora saiba que existem caminhos e voltas que a vida dá, sabe também que existem atalhos, atalhos que estão ali, com a finalidade de se encurtar os caminhos que são longos e não raro íngremes e cheios de pedras. Se for esperar por essas voltas, pode ser que nem aconteçam, ou demorem muito, ou ainda; aconteçam em um momento que não é mais nosso. Agora estou falando como gente que vive também momentos de lucidez e sobriedade. Gente que sabe ouvir não, mas gente que gosta de ouvir sim, às vezes, pra variar.
Nunca superestime ninguém. Nem mesmo você. Evite se sentir a última bolacha do pacote, sob pena de descobrir que não passou de farelo que, jogado ao vento, não serve nem para alimentar os pássaros, pois, sequer sabe onde vai cair...
Renasci quando nascestes...
Incansável, por ti foi minha espera...
A cada dia em que o vazio me tomava,
eu te buscava!
Renasci quando nascestes...
Reconheci-te num rompante,
Num segundo
Num instante...
Descansei minha espera em ti
Como um andarilho,
já cansado do caminho...
Reconhece o lugar a descansar seu corpo,
Da áspera jornada,
da [in]certeza do amanhã...
Alma antiga... Velha alma!
Não acumulaste sabedoria -
haja vista os erros grosseiros que comete!
Acumulaste, apenas dores - nada etéreas
Da longa caminhada até aqui
A qual te propuseste.
Até a expurgação total de cada [...]
Que vai te devolver a ti
como nascestes...
Pura, como da fonte,
a cristalina água...
Leve como a pluma
da asa do teu anjo,
teu guia na caminhada...
Show é quando a ARTE imita a VIDA a ponto de não sabermos com certeza quando é VIDA e quando é ARTE.
Nós nos vemos através do outro. Os pormenores aos quais nele não apreciamos, pior se nos apresentam. É como o efeito dolorido de uma bofetada, que vem nos acordar para o uso da razão.